sábado, 24 de fevereiro de 2018

La Casa de Papel - Uma reflexão corporativa



Uma amiga fez um post dizendo que La Casa de Papel é a série mais idiota dos últimos tempos. Arrastada, com muitas coincidências absurdas e reações bizarras. Concordo.
Mas o que me prendeu? O que me fez assistir um episódio atras do outro, sem parar? A vontade de descobrir o que mais o Professor havia previsto como próximo passo da polícia e sua solução para ele. Ou seja, sua inteligência, seu plano "quase perfeito".
E por que "quase perfeito"?
Porque ele conviveu pouco com pessoas. Passou muito tempo no hospital, era filho de ladrão, e todo este cenário o deixou inexperiente neste quesito.
Resultado? Esqueceu que nada que envolva pessoas, reações, sentimentos, é garantido. Ele pode acertar todas as variáveis matemáticas das possíveis ações policiais. Colocou gente no meio, dependeu de gente quase 100% para a execução do plano? A probabilidade de algo dar errado e iniciar uma reação em cadeia é altíssima.
Quanta ingenuidade colocar diversos jovens juntos e confiar que simplesmente porque ele disse que era proibido, em 5 meses de convivência em confinamento, eles não se relacionariam de forma alguma e nem conheceriam suas histórias. Faltou Big Brother na vida dele também!
Essa série, apesar de seus defeitos, daria uma ótima introdução a uma apresentação da área  de Recursos Humanos, ou de mentores de disciplinas de projeto, sugerindo a reflexão em torno da importância de se enxergar o elemento humano como parte indispensável na análise de risco de um projeto. Porque se para operacionalizá-lo, são necessárias pessoas, elas podem determinar, tanto o seu sucesso, quanto o seu fracasso.
Funcionários felizes, com seus talentos e esforços reconhecidos, são funcionários motivados, atentos, buscadores de resultados para a empresa e de sucesso para cada tarefa e projeto que desempenhem.
Entender as realidades de cada envolvido, suas competências e limitações, tendo em mente que são todos humanos, deveria estar no checklist de todo e qualquer 'business plan'.

Elis Motta

Nenhum comentário: